Mesmo não sendo o que eu esperava e o início meio entediante, O Planeta dos Macacos provou que não só podia me surpreender, como fazer com que eu me apaixonasse pela história.

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Título: O Planeta dos Macacos
Autor: Pierre Bouelle
Tradutor: André Telles
Páginas: 216
Ano: 2015
Editora: Aleph
ISBN: 9788576572138
Avaliação:   | Bom.
Sinopse: Em pouco tempo, os desbravadores do espaço descobrem a terrível verdade: nesse mundo, seus pares humanos não passam de bestas selvagens a serviço da espécie dominante... os macacos. Desde as primeiras páginas até o surpreendente final – ainda mais impactante que a famosa cena final do filme de 1968 –, O planeta dos macacos é um romance de tirar o fôlego, temperado com boa dose de sátira. Nele, Boulle revisita algumas das questões mais antigas da humanidade: O que define o homem? O que nos diferencia dos animais? Quem são os verdadeiros inimigos de nossa espécie? Publicado pela primeira vez em 1963, O planeta dos macacos, de Pierre Boulle, inspirou uma das mais bem-sucedidas franquias da história do cinema, tendo início no clássico de 1968, estrelado por Charlton Heston, passando por diversas sequências e chegando às adaptações cinematográficas mais recentes. Com milhões de exemplares vendidos ao redor do mundo, O planeta dos macacos é um dos maiores clássicos da ficção científica, imprescindível aos fãs de cultura pop.

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Eu não poderia deixar de ler este livro por nada no mundo, eu sou apaixonado pelos filmes e assim que vi esse livro chegar ao Brasil, tive de lê-lo. Ao chegar em casa, li os primeiros capítulos e "me decepcionei" por não se tratar da história ao menos parecidas com a dos longas. Então minha primeira dica para qualquer leitor é que não se iludam, como eu fiz: a trama desse livro não tem nada a ver com o enredo dos filmes. Eu AMO os filmes e queria realmente que tivesse alguma ligação, mas não há. Isso também não quer dizer que foi algo ruim. Quando prossegui na leitura, descobrir uma nova história que não só me surpreendeu, como também me conquistou.

Em uma viagem interplanetária, o casal Jinn e Phyllis avista uma garrafa perdida no espaço sendo que ela abriga um manuscrito, algum tipo de relato. Ao começar a ler a história descrita, o leitor juntamente com o casal irá conhecer a trajetória do jornalista Ulysses Mérou. Ao participar de uma viagem ao lado do cientista Antelle e de seu parceiro, Ulysses embarca em uma viagem que eles acreditam que mudará a história da ciência. Durante a viagem interplanetária, o trio acaba descobrindo Soror, um planeta muito parecido com a Terra, mas tinha uma diferença extraordinária e que pegou nossos protagonistas de surpresa: o planeta é governado por macacos.

Este é um livro completamente diferente de tudo o que eu já li, porque mesmo depois de ter assistido ao filme, ainda assim não conseguiria imaginar um mundo em que os humanos não passassem de animais selvagens e os macacos seriam a espécie evoluída. Por mais que a história esteja sendo lida pelo casal Jinn e Phyllis, durante todo o tempo vamos acompanhar a trajetória de Ulysses. Chegar a um planeta completamente novo é uma extraordinária aventura, mas ao descobrir o que lhe aguardava, vamos conhecer um personagem esperto, cheio de vontade de sobreviver. Ulysses se mostra sagaz de maneiras diferentes e sabe aproveitar o tempo a seu favor, manipulando e instigando a curiosidade dos macacos. 

Sobre o final... ainda estou meio embasbacado. Durante os últimos capítulos o enredo tornou-se viciante ao ponto de fazer com que o leitor leia sem parar. Quando finalizei o último capítulo, eu realmente estava de queixo caído e não conseguia acreditar naquelas últimas frases descritas ali no papel. Ainda estou nesse torpor e nesse estado de surpresa — eu realmente não esperava um final daqueles, caso você ainda não tenha entendido —, com esse final enigmático e impressionante.

Toda resenha eu prometo que vou parar de falar da edição do livro, porque ninguém quer saber sobre elas será?. Mas como ignorar essa edição que a Editora Aleph preparou? O livro vem em um formato médio, com os cantos do lado direito arredondados e uma capa muito característica. Por dentro, a diagramação preta dá um ar mais sombrio e umas folhas com alguns desenhos sem formas deixam tudo ainda mais sinistro. Além disso, a editora preparou uma edição toda especial com: nota à edição brasileira, entrevista com o autor, matéria da BBC News sobre o autor e um posfácio. Não temos do que reclamar, uma edição nota dez!

O Planeta dos Macacos não foi o que eu esperava em uma primeira instância, a trama me entediou no começo mas aos poucos foi me conquistando e mostrando que podia ser incrivelmente admirável. Então não leia apenas este livro porque você ama os filmes, mas leia porque Pierre irá lhe proporcionar uma experiência nova. Se o livro parece tão bom, porque só três estrelas? Porque eu ainda estou decidindo se gostei ou não do desfecho da história. E no momento, eu ainda estou chocado demais para decidir. O Planeta dos Macacos foi escrito por Pierre Boulle e não faz parte de trilogias ou séries.

SOBRE O AUTOR
Pierre Boulle nasceu em Avinhão, em 20 de fevereiro de 1912 e faleceu em Paris, no dia 30 de janeiro de 1994. Ele foi um escritor francês mundialmente conhecido por seus livros A Ponte do Rio Kwai (publicado em 1952) e O Planeta dos Macacos (publicado em 1963). Boulle se alistou no exército, mas depois de alguns anos na Guerra, Boulle acabou se mudando para Paris e começou a escrever, publicando mais de 20 livros.

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